Crônicas

O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.

O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.

Gazeta de Caaporã
Bertolt Brecht

POLÍTICO CORRUPTO É UM ASSASSINO INDIRETO?

Vivemos num país corrupto disso ninguém discorda, concomitantemente, vemos a impunidade prevalecer e se perpetuar diante daqueles que usurpam descaradamente as verbas públicas.

Ouvi essa frase e sinceramente não sei onde, mas resolvi refletir e escrever um pouco sobre a pergunta.

Diante das várias brechas que reinam em nossa legislação, eles vão se protegendo, até porque são os políticos que legislam, essa é uma de suas funções e que nem sempre exercem com dignidade e ética.

Vou falar apenas da saúde e da educação, que são as maiores verbas nos governos municipais, estaduais e federal.

Imaginemos que os caras de pau desviem verbas altíssimas da educação, começo a me perguntar: quantas escolas deixaram de ser construídas e reformadas? Quantas crianças deixaram de ingressar nas escolas por conta desse desvio? Quantas crianças deixaram de se alimentar pela falta da merenda?

Continuo explanando e supondo: A criança que deixou de estudar ou deixa de estar na escola, pode acabar convivendo com marginais e com o passar do tempo, pode virar usuária de drogas ou “avião” que leva e vende a droga, viram adolescentes e alguns começam a assaltar para conseguir o dinheiro e vamos supor que a vítima reaja, como já aconteceu em nossa cidade e aí...o fim você já sabe. Opa, vamos voltar o tempo rapidinho e digamos que essa mesma criança, freqüentou a escola, estudou, alimentou-se e aí vem a pergunta? Será que teríamos outro final? Lógico que algumas estudam e ainda fazem isso,mas será que o número de mortes não diminuiria?

Vejamos a saúde, uma verba desviada nessa área, pode acarretar em hospitais mal aparelhados, que não prestam a devida assistência, falta de remédios, etc. E aqueles que não podem pagar um plano de saúde, que mal têm dinheiro para se alimentar e ainda têm que comprar remédios, precisam fazer exames, conseguem sobreviver? Muitos sim, alguns agoniam num leito hospitalar em filas e sem assistência, outros ficam sem remédios importantes para o seu tratamento. Opa, vamos voltar o tempo, o dinheiro não foi desviado, e por isso, quantos hospitais não seriam reformados, construídos e aparelhados devidamente? Será que faltaria remédio? Pode até ser que sim, mas o número de prejudicados e mortos pelo não desvio do dinheiro seria bem menor.

Sei que o título pode até chocar, mas a idéia foi essa mesma e esse texto é direcionado ao político corrupto: Antes de desviar, “amigo”, pense em quantas vidas você poderia salvar e como a população seria grata a você. Mas se continuar a desviar e esse humilde texto não lhe convenceu, espero que toda noite ao dormir e cada notícia que você leia sobre mortes em hospitais, assaltos, drogas, lembre-se que aquele dinheiro que você desviou, poderia salvar essas vidas.

Cuidado com a lei do universo: toda ação corresponde a uma reação.

Para se pensar!

Gazeta de Caaporã
Sérgio Montenegro


Em política só vale vencer.

A política é uma arte e vencer é o seu objetivo. Resultado só conta o positivo, pois, este entra para a história e os demais caem no esquecimento do dia a dia. Vitória. É a palavra de ordem. Abre-se o caminho do sucesso e a vitória apaga os erros do passado. Na política só aparecem os vitoriosos e com estes escreve-se a história de nosso lugar. Torna-se o político vitorioso um ser distinto, inteligente e humano, os olhos do mundo abrem em flerte para quem tem a chave do sucesso: a Vitória!

Gazeta de Caaporã
Bruno Calil Fonseca


O ciclo

"Ó mundo corrompido
corrompido pela politica
corrompido pela guerra
corrompido pela humanidade.

Ó humanidade corrompida
corrompida pela fome
corrompida pela desigualdade
corrompida pelo homem.

Ó homem corrompido
corrompido pelo ódio
corrompido pela inveja
corrompido pelo seu próprio mundo."

Gazeta de Caaporã
Wil S Figueiredo Jr

Escreva.

Ás vezes, eu tenho palavras pra falar de tudo. Falo de política, de economia, de meio ambiente, até arrisco falar de amor. Mas quando tenho que falar sobre o MEU amor, é o silêncio que toma conta de mim. Preciso desabafar. Preciso que alguém me ouça, nem que sejam essas linhas de palavras sem sentido. Sinto-me sufocada. Sinto-me presa. Ela ligou terminando tudo entre eu e ela, não teve coragem de me dizer que encontrou outra pessoa. Ela jogou os meus sonhos todos pela janela, e pediu pra entender encarar numa boa. Como se meu coração fosse feito de aço pediu pra esquecer os beijos e abraços e pra machucar ainda brincou comigo. Ela disse que meu nome vai ficar na sua agenda na página de amigos. Como eu posso ser amiga de alguém que eu tanto amei? Perdida em um labirinto que não tem saída. Perdida num mundo que às vezes não consigo nem me encontrar.

Faço de tudo. Leio livros, estudo, escuto músicas, saio com os amigos, fico com garotas ou garotos, durmo. Mas em tudo que eu faço, eu nunca estou sozinha. Nunca. Ela sempre está ali comigo, sempre. Desde o dia em que conheci certo rosto, ele passou a viver dentro de mim, e desde então, é só nele que consigo pensar. Esse amor que me tira o sono, que me tira a atenção, que me corrompe por dentro, passou a fazer parte de mim. Faz tempo que começou, e não durou muito. Você não sabe um por cento da dor e da saudade que você deixou. Por vezes, até penso que é tudo uma grande bobagem, que é coisa da minha imaginação. Penso naqueles amores de filmes, de livros; paixões arrebatadoras, casos amorosos com muitas idas e vindas, com muito fulgor. Amores transcendentes. Tudo muito bonito. E então me lembro do meu amor. Não parece nada com isso tudo. Parece muito mais bobo muito mais infantil. E por isso, guardo-o só pra mim, com vergonha sim desse sentimento. Mas chega um ponto, em que não consigo mais esconder. Então escrevo. Escrevo para aliviar a dor que sinto no meu peito, para esconder a tristeza que carrego em meu olhar. Pela dor de saber que só existe em mim. E eu não estou sabendo viver com essa situação.

Pai vem restaurar-me, preciso da tua mão. Levanta-me!
Eu amo essa garota, mas ela ama outra e essa outra a tem.
Não podia ter acabado ainda era novo e tinha futuro, não consegui perceber que você já tinha enjoado de mim. Realmente eu não tenho muita graça e ainda não tinha me acostumado a ser engraçada com você, era novo tudo isso pra mim.

E isso dói mais do que tudo, ter a certeza absoluta de que o que eu sinto, é amor. Não é só atração, não é só 'coisa de pele'. Antes fosse isso. Seria muito mais fácil de resolver. Mas não, é complicado. Eu tenho que te esquecer, mas como? Quando colocava em minha mente que devia esquecer alguém, eu esquecia e ponto final. Podia até demorar, podia doer muito, mas eu esquecia. Foi sempre assim, e sempre deu certo. Mas dessa vez, minha mente me pregou uma peça. Ela não quis esquecer. Eu não quis esquecer. E isso é o pior de tudo. Eu continuo não podendo esquecer. Por mais que eu saiba que isso tudo não tem significado algum para ti, que nunca vai dar certo, eu continuo com esse amor dentro de mim.

Gazeta de Caaporã
Michelle de Souza

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